Quando tinha meus doze ou treze
anos de idade, a caminho da escola, encontrei na rua um filhote abandonado.
Ele estava tremendo de frio e seu
pelo estava molhado com a chuva que caiu naquela manhã, parecia faminto.
Ao me ver, ele balançou o rabo e
latiu para mim.
Fiquei encantado com aquela linda
criatura, logo, não pude deixa-lo sozinho na rua com fome e com frio...
Levei-o para casa.
Na cozinha arrumei um prato e
coloquei meu cereal com leite para o filhote, ele estava tão faminto que acabou
com tudo em poucos minutos.
Enquanto ele lambia o prato, minha
mãe chegou e ao se deparar com o filhote, gritou:
—Que droga é essa?
—Eu o achei na rua!
—Tire já esse animal da minha cozinha e leve-o de volta onde
você achou.
—Mas mãe, ele não tem para onde ir!!!
—FAÇA O QUE EU DISSE MOLEQUE!!!
Isso aconteceu há exatos dez anos e
ainda me lembro daquelas palavras frias e cruéis que minha mãe dirigiu a mim.
Não preciso dizer o quanto aquelas
palavas me fizeram ferver o sangue.
Aquelas foram suas ultimas palavras.
Hoje o filhote cresceu e se chama
Jack.
Jack nunca se separou de mim.
Semana passada, Jack encontrou e
desenterrou os ossos da minha mãe no quintal.
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